quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Da série: Diálogos!


 (enquanto tomo banho...)

***

Dhara: - Ai, meu Deus, não sei como vou dormir...
Eu: - fecha os olhos, filha.
Dhara:- Está muito difícil...
Eu:- Fecha os olhos e pensa numa coisa boa...
Dhara: - Posso pensar na coisa boa na cama de Nine (dinda)?
Eu:- Pode...
(chegou na cama da dinda e dormiu)

Da série: Diálogos!


 (enquanto pinto as suas unhas dos pés)

***

Dhara: Mamãe, você tem que pintar essa grande e as pequenas... Olha, mamãe! Tem duas unhas grandes e muitas pequenas!
Eu: sim, filha! (surpresa com seu raciocínio)
Dhara: ai, mamãe. Acaba logo isso. Eu quero ver!
Eu: calma, Dhara. Fique quieta para eu pintar direito.
Dhara: Mamãe, você tá me ditonfiando ne?!
Eu: "ditonfiando", filha? o que é isso... "ditonfiando?"
Dhara: é aquilo, mamãe... de ter A certeza.
Eu: Ah... não, filha. Eu não estou desconfiando.
Dhara: então tá.
rsrsrss
3 anos e 4 meses, língua solta para as muitas ideias! kkk

sábado, 15 de dezembro de 2012

O poder da propaganda!


Pensei que livraria minha filha da geração do consumo. Mas a Discovery, canal que ela assiste e que eu, particularmente, prefiro, dentre as outras opções, está cada vez mais apelativo.
Dhara, hoje me abordou, na hora do café da manhã, querendo uma Baby Alive. Uma boneca que não é barata, não está presente no seu ambiente. De onde ela tirou essa ideia? me questionava.

Pegou um folheto que veio no jornal e mostrou a boneca com muita propriedade.
Dhara: Mamãe, quero a "baby alike"
Eu: Mas porque essa boneca, filha?
Dhara: (cheia de explicações) Porque ela come, ela chora, ela tem fralda...

Insistiu no presente e eu tentei desviar a conversa. A boneca custa quase $300. :/

Então, perguntei: onde você viu essa boneca, filha? Sua amiguinha da escola tem?
Dhara: não. 'Malina' não tem. Tem aqui ó... (e apontou para a televisão.) :/

Passei o dia fora, quando voltei Dhara voltou a insistir. Tentando, rapidamente, criar outras estratégias: carta pro Papai Noel, construir uma boneca, doar as muitas que ela tem... mas nada a convencia.
-Filha, precisa de muito dinheiro para essa boneca.
Dhara: mas eu tenho dinheiro ó! E mostra uma garrafa com $0,75. rsrsrs

Bom, então a estratégia para ela foi: você terá que conquistar a sua boneca (Baby Alive) Você vai guardar o dinheirinho que mamãe te dá para as balas, pirulitos e paçoquinhas nesta garrafa e quando ela estiver cheia a gente compra a boneca. Dhara correu para a avó e pediu moedas, correu para a dinda e pediu mais moedas e disse: mamãe, tá quase cheio. rs

Não sei se vai dar certo, mas a tentativa acalmou o seu pedido insistente... Buscando nos sites descobri que tem destas bonecas de $100 a $300. Por que tanto, meu Deus?

Ps. Enquanto escrevia este post, passou a propaganda da tal boneca e ela "surtou." Ainn, minha Dona Baratinha! rs

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Vamos rezar?

Já passa da meia-noite... Na verdade agora é 1:30' da madrugada.

Tive um dia cheio hoje e assim que voltei do trabalho tive tempo para um banho e continuar a trabalhar. É, o tempo de Dhara foi sucumbido pelas demandas profissionais. No final do semestre as coisas ficam tensas. E mesmo que eu corra contra o tempo para tentar organizá-las, sempre há o que fazer, sempre há o que fazer!

Deixei um pouco o trabalho de lado na tentativa de fazê-la descansar. Percebendo minha agitação, ela não conseguia dormir sozinha, como é de costume. Larguei o computador e deitei. Por um instante achei que adormeceria, mas a demanda me chamava... trabalhar, trabalhar, trabalhar!

Ela, deitada em seu travesseiro diz: mamãe, vamos rezar?

Me surpreendi com sua fala, pois sempre a convido para fazer a oração antes de adormecermos, e respondi: está bem, mas você começa.

Então ela, prontamente, inicia: Papai do céu, obrigada por mais um dia e por minha mãe. Amém!

Não precisou nem mais uma vírgula para me fazer chorar... Dhara adormeceu e eu, que tinha que terminar o trabalho, desisti. Corri para o blog para registrar, ainda no calor da emoção, este momento mágico.



E, na minha interpretação desta singela oração, refleti... Passei o dia distante, chego em casa e presente me faço distante e ela ainda agradece por mim...

Vou agora deitar ao seu lado, agarradinha, acarinhando, velando teu sono. Feliz.

Eu amo a minha filha. Meu fluxo contínuo de amor!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Da série: Diálogos!

Dhara (bem didaticamente falando): - Mamãe, minha dinda vai fazer biscoitos!

Eu: - Hum... que delícia!

Dhara: - É!

Eu: - E você vai ajudar sua dinda a fazer os biscoitnhos?

Dhara:- Eu não. Eu vou comer!



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ah... o amor!

" O caminho que eu escolhi é o do amor. Não importa as dores, as angústias, nem as decepções que eu vou ter que encarar. Escolhi ser verdadeira. No meu caminho, o abraço é apertado, o aperto de mão é sincero, por isso não estranhe a minha maneira de sorrir, de te desejar o bem. É só assim que eu enxergo a vida, e é só assim que eu acredito que valha a pena viver."



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Happy Hallowen

Hoje, 31 de outubro comemora-se o Hallowen. Trata-se de um evento tradicional e cultural, que ocorre basicamente em países de língua inglesa, mas com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido. Mas tem horas que parece ter nascido aqui.

No Brasil, é o dia do saci pererê, personagem famoso do universo folclórico. Embora muito importante, pouco ovacionado neste dia que lhe cabe. Se é que ele precisa de apenas um dia para ser lembrado.

 Na escola de Dhara, como tem projeto de inglês intensivo, a teacher preparou uma programação especial. Vestida de pirata, ela ia com as crianças nas salas pedindo docinhos ou travessuras.... Uma pena Dhara não estar presente, pois o carro do meu pai quebrou e ele teve que ficar com o meu, logo, Dhara não foi para a escola. O que de tudo não foi tão mal, pois iniciou a manhã na praia e ainda bateu um papo com Lazzo Matumbi.

Bom, passei a manhã brincando com as crianças explorando os temas assustadores. Durante a tarde também, na festa de Hallowen com as crianças da outra escola, mas mesmo com a minha tentativa de falar sobre o saci, ele foi sucumbido pelas bruxas, piratas, caveiras, vampiros e outros seres esquisitos. Brincava com todos e lembrava de Dhara... quais seriam as suas reações?

Foi divertido, bem verdade. Adoro a possibilidade de brincar com as situações que parecem assustadoras. Fantasiar, sorrir, se transformar, demonstrar força, poder ou mesmo insegurança, medo e necessidade de proteção. Humm um prato cheio para a Psicanálise!!! rs

Mas o que me deixou "mexida" foi não pensar que minha pequena poderia estar curtindo isso. - Não era hora do carro de papis quebra, meu Deus! (pensava o tempo todo). - Então, assim que deu meu horário na escola da tarde, 17:45, saí correndo para pegar o celular:
-Alô! Tio, me deixa falar com Dhara, por favor! É urgente!
-Tá. Dhaaaaaaara!
-Alô! Mamãe?
-Oi, filha! Não durma, não vá pra rua, que vou chegar com uma novidade!
-Aêee, mamãe tem novida.... tum. tum. tum!

(Já imagino os pulos de alegria e o telefone voando no chão ou sofá. rsrsrs)

Saio correndo da escola desejando não pegar engarrafamento e atrasar a surpresa!

No sinal, o menino de todos os dias tentou limpar meu vidro, não deixei e confesso que ainda ando assustada nas ruas da minha abandonada cidade. Mas quando ele me olhou, grudou na janela. Sim, eu estava vestida de bruxa... e já vinha brincando com os motoristas que paravam ao meu lado e que não resistiam, olhavam, olhavam novamente, sorriam... e eu: um feitiço, um beijo e outro sorriso! rsrs

A criança estava colada no meu vidro, deveria ter 7 anos, dizia: você e uma aranha? você é o quê? você e do mal? e eu sorria para ele. E ao mesmo tempo ficava a imaginar... ele não reconhece uma bruxa?

Ele me pedia algo, que não tinha. Ofereci meus anéis. Por um instante voltei a ter medo, ele chamara outro menino, que aparentava ter cinco anos.Os dois sorriam e tentavam adivinhar quem era aquela figura...

Resolvi me render ao simbólico, à infância, à ludicidade, enfrentei o medo e abri a janela.
- Eu sou uma bruxa e vou fazer um feitiço para vocês...
- ahhhh é uma bruxa. rsrsrrss
Brinquei e entreguei um anel a cada. Uma pena não ter as guloseimas, mas acho que já havia tornado o momento doce.

Eles brincaram entre si com os anéis, fiquei a observar do retrovisor... Faziam cara de mau e atacavam. Mas, em segundos, a fantasia se desfez e voltaram a trabalhar. #dura realidade!

... segui com o carro. Reflexiva.

Cheguei em casa, estacionei e subir as escadas na ponta dos pés, para não fazer barulho. Meu sobrinho, que já havia me visto, mas não reconhecido, correu e se escondeu, causando certo medo em Dhara.

Abri a porta com uma gargalhada, que nem de perto é a mesma que daria há oito anos atrás (é, sala de aula acaba com as cordas vocais também rs), Dhara não sabia se fugia ou se enfrentava, se achava graça ou se chorava... comecei a sorrir e fazer feitiços maluquetes com cosquinhas, gargalhadas e puns feitos com a boca. Ela relaxou... e começou a curtir!

Convidava o primo e a amiga para a brincadeira. Corria, se escondia, me dava susto...

Depois ela resolveu se transformar em bruxa, com o chapéu, anéis e até uma saia de bruxa (improvisada)

A brincadeira rolou solta. E mesmo cansada de um dia intenso de trabalho, me joguei no chão, rolei, dancei danças maluquetes da bruxa "Vendi," fiz feitiços e inventei nomes engraçados... tudo para vê-la sorrir. Tudo para possibilitar a sua alegria e compartilhar com ela a alegria que vivi com meus pequenos o dia inteiro. Ela adorou, sem dúvidas! E eu...

AMEI!
.
Mamãe de Bruxa, na escola.

Maldade pouca, meu caldeirão primeiro! Rá!

Risada de Bruxa!

Cara de Mau!

Não quero saber do feitiço que ela fez para ele... rs

Pegando emprestado os anéis da Bruxa 

Coisa nossa!

"Agora você se veste de bruxa de novo, mamãe?"

Click de Dhara...


Clik de Dhara "agora faz cara de mau, mamãe! Isso! Igual ao Lobo Mau"

Clik de Dhara

Clik de Dhara!


vale a pena... V A L E  A  P E N A !!!

Beijos, W.



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

E o "Jingle Bells" chega a galope!



E o povo mal pagou a parcela do presente do dia das crianças e o comércio já empurra o Natal goela abaixo. E eu fico aqui me perguntando: quando entrar dezembro, qual a graça da árvore de Natal?

Quando eu era criança, o mais gostoso era ter a surpresa da decoração. Hoje, 29 de outubro, a cidade já está em clima natalino.

Bom, para livrar minha pequena do consumismo, vou na contramão e já estamos pensando em como será o nosso Natal...

Quem sabe doar os brinquedos? Trocar entre primos? Trocar livros? Passar um dia brincando com crianças de uma creche? Chamar amigos, voluntários para um dia especial em uma creche e/ou comunidade?? Bom, estou pensando... Ou melhor, estamos!

#por uma infância livre do consumismo!

Beijos, W.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

tempo, tempo, tempo... entro no acordo contigo.


Cheguei em casa cheia de saudade e ela (Dhara) já estava dormindo. Tão tranquila, tão serena... Hoje ela pediu muito, no carro, a caminho de casa, que fossemos ao restaurante. Perguntou porque eu tinha que trabalhar? Por que eu não almoço com ela? Fiquei arrasada! Prometi uma surpresa na chegada... sei que ela chama por mim a tarde toda... mas eu cheguei atrasada. :(

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=0s51An-ZryU

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Para se orgulhar da mamãe


Texto:  Janaína Mascarenhas


Professor que faz a diferença

Não se pode negar que, na engrenagem da inclusão, o professor exerce um papel fundamental. Não adianta a escola ter uma excelente proposta de inclusão, os pais desejarem a inclusão, a equipe de coordenação e direção pedagógica encamparem a ideia se o professor não se implicar neste projeto.

E ele pode ter inúmeras desculpas para se colocar à margem da inclusão! Afinal de contas, as universidades não preparam o pedagogo para lidar com a diferença e as escolas (mesmo aquelas que se dizem inclusivas) nem sempre oferecem o suporte técnico e físico para que a inclusão aconteça como a lei diz que deve ser.

Acrescente-se a isso o fato de que a inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais no ensino regular pode demandar distintas e diversas formas de atuação, já que que existem inúmeras necessidades especiais diferentes, demandantes de diferentes estratégias de intervenção.

Para se tentar um processo de inclusão exitoso, acredito que seja preciso, acima de tudo, boa vontade e compromisso. É preciso estar movido por um desejo de participar do processo educacional da criança, e de deixar nela uma marca. É preciso humildade, para reconhecer o que não se sabe e procurar ajuda. É preciso sensibilidade para perceber o quê fazer, como fazer e quando se precisa começar tudo de novo, do zero. É preciso disponibilidade para buscar, para aprender, para pôr em prática estratégias que favoreçam o aprendizado da criança. É preciso estabelecer uma relação de cumplicidade com a família.

Infelizmente, pelos relatos que tenho acompanhado pela blogosfera, a realidade ainda está muito distante daquilo que se espera de um verdadeiro processo de inclusão.

E, vivenciando uma experiência que eu considero muito exitosa, me vejo tomada por uma grande vontade de, neste dia do professor, render as minhas homenagens àquela que tem desempenhado um papel relevantíssimo no processo de inclusão da minha filhota: minha querida Pró Wendy!

Me lembro do dia que a coordenadora da escola me disse que a equipe tinha decidido colocar Leti na turma de pró Wendy, por achá-la experiente e capaz de desenvolver um bom trabalho com a minha pequena.

Sequer a conhecia, já que ela sempre ensinara à tarde e Leti, até então, sempre estudara pela manhã. Mas me lembro da primeira impressão ao vê-la: uma mulher negra, alta, magra, linda... numa sala de aula... devia estar nas passarelas... estaria alí por vocação, ou por falta de opção? Uma visão preconceituosa, reconheço. Mas foi esta a minha primeira impressão. Sua presença provocava em mim uma reação que não conseguia explicar. Seria ela realmente a melhor opção para a minha filha?

Coincidentemente, um tempo depois, a descobri no facebook. Um descoberta mais que casual. Um amigo muito próximo compartilhara um texto seu sobre política (nem me recordo exatamente o que dizia) e eu, que nem sabia se realmente ela era ela (rs), comecei a fuçar sua página para tentar descobrir quem seria essa misteriosa pró Wendy. E a surpresa não poderia ter sido melhor. Suas postagens muito bem escritas mostravam ser a tal pró Wendy uma pessoa politizada, culta e muito bem resolvida. Fui reconstruindo sua imagem e me dando oportunidade para estreitar os laços com a pessoa que, talvez, depois de mim e da babá, passaria a maior parte do tempo, durante a semana, com a minha filha.

E tudo foi acontecendo muito espontaneamente. Sem que eu me desse conta, me vi completamente apaixonada por pró Wendy. Porque não tem como a gente não se apaixonar por quem se dispõe, verdadeiramente, a fazer algo diferenciado por nossos filhos. E é isso que ela tem feito. Desde o início do ano.

Sempre atenta, tem sinalizado as dificuldades que percebe, tem sugerido estratégias para favorecer sua participação em sala, tem compartilhado suas inquietudes em relação ao que pode ser feito para melhorar o processo de inclusão.

Foi dela a ideia de disponibilizar o planejamento semanal da turma com antecedência para mim, para que Leti, tomando conhecimento antecipadamente do que vai ser feito com a turma, potencialize sua capacidade de participação nas atividades.

Foi ela que me deu um puxão de orelhas, mostrando a importância de Leti chegar cedo na escola, para participar da rodinha, quando ela tem oportunidade de fomentar (de posse das informações que mando pela agenda, acompanhada de um suporte concreto) que Leti se posicione, falando sobre o que fez naquele dia ou no fim de semana.

Foi com ela que Leti aprendeu a subir e descer, sozinha, as escadas da escola.

É ela que tem estimulado uma aproximação maior entre Leti e uma coleguinha da sala, para tentar favorecer a criação de vínculos na minha pequena.

É com ela que, no bate papo do facebook, tiro várias dúvidas, compartilho minhas novidades e fico sabendo das novidades da escola, mesmo que já passe da meia noite...

É ela que tem feito tantas e tantas coisas, difíceis de enumerar aqui, para incluir minha filha no processo pedagógico, afetivo e social da sua turma.

E os resultados são visíveis a olho nú.

Embora o processo de aprendizagem de Leti anda destoe muito do restante da turma, percebo que ele encontra-se em contante evolução e, mais importante que isso, e o que me deixa mais feliz, percebo que, hoje, minha filha tem seu espaço conquistado naquele grupinho, que a acolhe, a reconhece e a respeita,  em suas diferenças e peculiaridades.

E devo tudo isso a minha querida pró Wendy, a quem gostaria de desejar, neste dia, o meu singelo FELIZ DIA DO PROFESSOR!

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Janaína     Mascarenhas - mãe de minha pequena Leti.  2012 - Gira Girou


domingo, 14 de outubro de 2012

pensando sobre...



Dhara...

Alguém que vem ao mundo com essa tradução, anunciada em sonho, é alguém que tem "raízes e asas". Gente que nasce miúda e vai no fazer,se fazer grande. 


Alguém que vem, pela sua existência, dizer ao mundo do valor da construção, da plantação, da colheita, da correnteza, da corrente, de um fluxo continuo... Fruto de duas árvores frondosas: Um moço sem perna, andarilho, que sempre caminhou... se colocou de pé diante da vida e uma moça que mais me parece uma tigresa: delicada e forte, que educa gente... 


DNAs de Dhara, fluxo contínuo e luxuoso de Wendy.



Por  Urânia  Munzanzu

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Momento Nosso!

Amigos,

Há muito estava desejando um momento especial com minha pequena. Nesta correria da vida, trabalhos, obrigações, pouco tempo e muito a fazer... Enfim, essa agitação que a gente vive, muitas vezes, nos deixa reféns do tempo e nos impede de viver momentos simples e prazerosos.

Confesso que já estava me sentindo com a culpa que acomete a mulher moderna. Tentando de uma forma ou de outra me organizar para estar com ela o maior tempo possível e com energia. Não foi fácil, mas não foi impossível!

Bom, quando o dia das crianças foi se aproximando fiquei pensando na possibilidade de comprar um instrumento musical para ela. Temos um baú com alguns instrumentos e ela adora. Gaita, metalofone, pandeiro, oceandrum, um instrumento que faz o som do trovão, caxixi, apitos, caixinha de música... muitas
coisinhas gostosas para brincar com o som, o ritmo, as músicas que gostamos de cantar...

Depois pensei que Dhara já tem tantos brinquedos, caixas organizadoras entupidas... Busquei a programação da cidade para o dia das crianças... uma ou outra que valeria a pena. Não, não gosto de shopping e não perderia meu tempo em qualquer um deles com Dhara e mais trocentas famílias "sem alternativa." rs Passar a hoooooras no shopping não é a minha praia. rs

Já mobilizada pelo movimento TROCA DE BRINQUEDOS, que infelizmente não pude participar com Dhara (eu estava trabalhando) e acompanhando algumas postagens do movimento: INFÂNCIA LIVRE DE CONSUMISMO, decidi então construir com minha pequena o nosso brinquedo.

Construir com ela o que seria o momento de diversão para os próximos meses me animou... Comecei a dizer para ela que construiríamos uma casa de bonecas. (busquei primeiro a minha possibilidade - depois já penso em fazer algo que ela queira construir -ideia dela- ou os próprios instrumentos musicais); Dhara já se mostrou receptiva, o que me deixou ainda mais contente. A cada dia trazia uma caixa, tampinhas, garrafa, papel, etc. Combinamos, planejamos, nos divertimos com as ideias... foi massa!

Dhara fez um pedido: "mamãe, eu quero um carro na galagem!"  Pedido atendido!

Na quinta, todo o material na sala de casa. Dhara foi dormir excitada, ansiosa! Na sexta, acordou às 6:30 da manhã. Sim, 6:30. Cheia de energia!!!! Nos organizamos, saímos para tomar café da manhã e, assim que voltamos... A PRODUÇÃO!

COLA; Tesoura; TINTA; Caixas; TAMPINHAS; botões; RETALHOS; garraFas; E POR AÍ VAI...

Fizemos uma bagunça na varanda da vovó, mas não escapou nenhum detalhe do que havíamos planejado. Dhara não desgrudou, participou de tudo. Dava opinião, colocava os materiais, organizava, lavava... Quando minha irmã, que ajudou muuito, falava algo comigo, Dhara dizia de lá - "hanrã!" "eu sabo" "não quelo assim" hahahahaha uma figura!

Passamos o dia todo produzindo, uma pausa ou outra para comer, fazer um dengo, ouvir uma história contada pelo vovô e depois, mais produção! Todo mundo aqui em casa deu seu pitaco, mexeu com a tinta, colou, emendou.... Além de fazer algo para brincar com a minha filha, estava também unindo a minha família. Que dia especial! Que dia lindo!

Estou feliz. Dhara também! Estamos orgulhosas com a nossa produção! Acho que se tivesse comprado qualquer brinquedo, logo, logo, estaria esquecido como todos os outros que ela tem. Assim que chega uma novidade, os outros perdem o valor. Este não. Este levou seu tempo, seu envolvimento, sua energia, ideias, dedicação.

A ideia da sustentabilidade me tomou. E foi bom! Foi conscientemente divertido! Já estou aqui pensando em como serão os próximos presentes... Natal, aniversário... enquanto produzia a casinha de bonecas, já estava pensando em como fazer uma festa de aniversário SUSTENTÁVEL!

Hum... lá vem novidade! rs

Ver o sorriso sincero da minha pequena me basta. Me completa. Me faz existir!

Um beijo, W.














Dia das Crianças - 2012



Amanhã é o dia dela e o meu também. Afinal, uma amante da Terra do Nunca não cresce nunca. rs
E para comemorar o seu dia nada de shoppings, brinquedos industrializados, consumismo, ruas cheias, programações comuns e desinteressantes.

Amanhã passaremos o dia construindo o nosso brinquedo: uma casa de bonecas. Durante a semana recolhi todo o material reciclável que podia e agora estou com a sala cheia de caixas, garrafas, papeis... Vamos nos deliciar nesta construção e ela está animadíssima!

Por uma infância livre do consumismo!!!

#sustentabilidade é uma questão de atitude!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

É a minha mamãe!

Fui a São Paulo e trouxe para Dhara um estojo com trocentas canetinhas coloridas, lápis de cor, tinta, régua, borrachas, carimbos... ou seja, um prato cheio para sua criatividade. 
Dhara adora desenhar e se diverte com seu novo presentinho.

Há algum tempo venho observando suas produções. E isso a mamãe-coruja-pedagoga sabe fazer bem. Os rabiscos começaram a ganhar formas arredondadas; os círculos começam a surgir e, a mais ou menos um mês, surge o primeiro esboço da figura humana. Um sonho!
Só que esta figura humana sou eu: Mamãe!
É o seu primeiro desenho da mamãe. Lindo! E será uma das três tatuagens que farei.


Olha que lindo! Tem olhos, nariz, boca, braços... aquela "graminha" ali do lado é o seu nome: Dhara Silva Santana. hahahaha



Da série: Diálogos! (o mais emocionante)

Hoje, enquanto saíamos da Escola Girassol, aguardávamos na fila do estacionamento e Dhara avistou, do carro, um morador de rua dormindo no pedaço de papelão.
Dhara: Mãe, quem é ele?
Eu, enquanto arrumava o som, ele quem, filha?
Dhara: Ele, mãe. Aquele moço.
Eu: Onde, filha? (procurando alguém conhecido)
Dhara: Alí ó, mãe. O homem dormindo no chão!
Eu: Ah. Filha! Ele é um morador de rua.
Dhara: Ele está triste? (o homem estava com a cabeça enterrada nos braços)
Eu: Por que você acha que ele está triste?
Dhara, que levou um tempinho pensando, disse: ele tá sozinho.
Eu: E quando as pessoas ficam sozinhas elas ficam tristes?
Dhara: é.
o carro seguiu... saí do estacionamento... silêncio no carro!
Dhara: Mãe...
Eu: Oi, filha.
Dhara: Por que ele dorme no chão?
Eu fiz toda a explicação econômica e social, respeitando seu entendimento da situação e tudo que era palpável naquele momento. Respirei fundo... Minha filha é observadora, é sensível, é especial. Respirei fundo outra vez... desliguei o som do carro.
Dhara fez um silêncio... (O que vem por aí? - eu pensava)
Olhava pela janela do carro... Talvez na tentativa de buscar outra cena intrigante, descomunal para o seu universo infantil, para a sua fantasia. É... a realidade tomava minha filha a galopes.
Ela rompe o silêncio e diz: Mamãe, ele tá triste?
Eu: Filha, você acha que ele está triste? (devolvi a pergunta na tentativa que ela me desse mais dados sobre o que estava pensando. Não queria concluir. A cena era triste, mas ela deveria tirar sua conclusão sozinha. Então ela diz: Ele (É) triste!
Eu: E o que você acha que a gente pode fazer para ele SER feliz?
ela pensou...
Dhara: a gente leva ele para brincar com os brinquedos e Espirro! (Espirro - o nosso cachorro).

....

Minha filha me surpreende a cada dia. Quem a vê, com seu jeito tímido, seu olhar desconfiado, não pode suspeitar quanta sabedoria brota em suas experiências. Seu olhar para o mundo é espetacular. É curiosa, observadora, decidida. Parece até aquela velha marmota de: minha filha é melhor do mundo. Sim, talvez seja este o sentimento de todas as mães. Mas digo, com toda a certeza, minha filha tem uma luz especial.
Ela é o meu fluxo contínuo de amor. Não foi a toa sua vinda, seu nome, sua história... Nada é por acaso!




domingo, 5 de agosto de 2012

"Cada vírgula possui uma intensidade de existência minha."

Minha história com Dhara...

Bom, não foi  a mais comum e planejada, mas é a mais deliciosa história de amor que o ser, em vida, pode almejar. Hoje, revendo arquivos, encontrei o meu diário. Escrevi muito durante a gravidez... tudo documentado, para mais tarde partilhar, com Dhara, a sua história, a nossa história...
E era assim que começava...

"Cada vírgula possui uma intensidade de existência minha..."

Salvador, 26 de janeiro de 2009

Começo hoje, 26 de janeiro de 2009, 23:50, um relato, depoimento, confissão, sei lá o que, em um diário virtual. Canso quando escrevo à mão. 
Perco o sono e sinto-me assim: só, cheia de um amor velado. Outrora tive sonhos pasmos, que fizeram minhas pernas entrelaçar o travesseiro, este, meu companheiro leal. 
(...)
Um dia acordo e vejo-me mãe... O que é isto? Nunca poderia ter me imaginado de forma tão plena. Tenho medos; ainda tenho medo do inesperado! Tento afirmar e reafirmar a todo o momento que será bom! Será bom?

Vago incansavelmente em meus pensamentos... Dhara! Este é o nome que escolhi e que a ti torno cúmplice. Não foi um acaso este nome, sonhei com ele... Aquela velha voz feminina (já ouvida em outros momentos) - como quem fala uma anciã - soou em meus ouvidos um nome. Rápido e certeiro o seu recado chegou ao meu cérebro, mais rápido ainda corri para o vício que me devora: internet. Então, Dhara: fluxo contínuo!

Um fluxo contínuo em mim!?! Mais pensamentos vagos na noite finita. 
(...)
A primeira ultrassom. Meu bebê já tinha coração, cabeça, nádegas, suas batidas eram 141 por minuto. Lindo, meu quase-ET. Pouco mais que 1cm e já era vida dentro de mim, tinha sete semanas e um dia. Que emoção a minha. Para mim era vida, estava em mim e permaneceria ali, decidi deitada na maca.

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Salvador, 03 de fevereiro de 2009


Dhara, você está bem maior meu bebê e mamãe te ama cada vez mais. Você é minha luz, minha força, meu guia e tudo respira e conspira de outra forma desde que você surgiu.

(...)
Finalizo o relato deste dia agradecendo a todos que compartilham estes momentos comigo. Aqueles que, verdadeiramente, me estendem a mão amiga, o ombro absorvente, o dengo, as delícias, o prazer; que dividem as preocupações. Agradeço àqueles que, carinhosamente, beijam minha barriga e se preocupam com meu bem estar. Sobretudo agradeço a Deus que me dá forças e luz e à minha família, sem ela nada disso seria possível.


"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero. Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte, tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz.”

Era intensa aquela época e o relatos, lidos hoje, ainda me roubam as emoções.

Dhara, minha linda filha, como diz Clarice Lispector: cada vírgula possui uma intensidade de existência minha. Cada vírgula desse diário e agora deste blog tem a intensidade da nossa história.









sábado, 14 de julho de 2012

Eu tenho osso?

Nossa! Há quanto tempo não escrevo. Não é que não tenha novidades sobre a pequena. Tenho muitas, mas a volta às aulas me deixou um tanto quanto ocupada. rsrs Acontece!

Ontem foi um dia especial de descobertas e felicidade. Dhara estava na sua cadeirinha de carro e, tocando o seu corpo, descobriu o joelho. E disse: Mamãe, eu tenho um osso!

Eu: como assim, filha? Você um tem osso? Onde está esse osso?
Dhara: Aqui ó, no meu joelho!
Eu vibrei! Quantas possibilidades de descobertas. Meu pensamento pedagógico, naturalmente ativado, quando uma criança percebe algo inusitado, já estava pensando em livros, brinquedos, um esqueleto de verdade...
continuei...
Eu: Dhara, você sabia que a gente tem um corpinho feito de ossos? Olhe sua mão, aí também tem osso!
Ela movimentou os dedos e observou cada movimento concluindo: Não, mamãe. Tem osso aqui não.

Para mim muito obvio o que ela raciocinou. O joelho é duro, o dedo mexe... aqui é duro e é osso. Aqui mexe... logo, não tem osso. rsrsrrsrs

Mostrei-lhe a testa e ela, com grande surpresa, disse: "tem osso, mamãe! Osso de verdade!"
Eu: tem, filha. Osso de verdade. Sabe onde mais? No seu queixo.

Ela tocou o queixo e só sentiu a carninha. (Por sinal, a bichinha tem um queixo gostoso. rsrs)
Dhara: não tem osso aqui, mamãe.
Eu: tem sim! Aperte.
E quando ela apertou sentiu o osso. Foi muito engraçado a descobrir o corpo, os ossos, o que mexe, o que não mexe. Muito, muito bom!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Filmes Prefeidos de Dhara

Na sequência do tema filmes, lá vai a lista do que ela mais gosta de assistir.


Pica pau.
Meu Malvado Favorito - A febre do momento.


"Bob Isconja"

O Rei Leão - ela morre de medo de Scar. 

Não, Dora. Eu não quero usar o seu mapa. rsrsrs


Pense que eu decorei todas a músicas e coreografias. ahhh 

Mickey e Minnie. O que resultou na escolha do tema de aniversário.


Ela só fala do príncipe e do cavalo branco. Mais uma sonhadora, meu Deus? rs

Patolino e Piu piu são seus preferidos. 

Adora. Exceto a música número 5 - "Rato".




Filminho na cama com a mamãe!

Por que quando uma criança gosta de um filme ela quer assistir um zilhão de vezes??? Primeiro decorei todo o texto de Enrolados, na sequência Bob (Isconja) Esponja, Dora Aventureira (detesto) e agora Meu Malvado Favorito. Este último já vi umas oito vezes de sábado pra cá. E ela está aqui, me convidando para ver mais uma vez... Este malvado está mesmo sendo o meu favorito rsrsrs 


"Gru é o maior vilão do momento, mas tem seu posto abalado pelo novato Vetor. Para recuperar o topo, ele planeja roubar a lua, auxiliado pelas criaturas Minion. O problema é que três meninas órfãs veem nele a figura de um pai. Diante disso, Gru fica dividido entre roubar a lua e abandonar as pequenas ou ficar com elas e desistir dos seus planos." - Sinopse.

"Mas Gru não é essencialmente um homem mal. Suas atitudes soam mais como pirraças e implicâncias infantis do que ações realmente cruéis, como quando estourou um balão de um garotinho ou furou a fila de um café usando um raio congelante. Além disso, ele conta com a ajuda de pequenas criaturas amarelas chamadas de Minions que são bastante engraçadas e com ar inocente igual de uma criança. E, ao longo do filme, percebemos que todas essas atitudes são frutos de traumas de infância e da estranha relação que ele tinha com sua mãe. " por Mariana Keller 


#é um filme lindo. Vale a pena conferir!

O melhor de tudo, galera é o dengo que a gente fica na cama. Dhara fica toda cheia de carinhos!!!















Tão bom é tão bom!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Embarque nesse carrossel...

É minha gente, recordar é viver!!!


Há alguns dias tenho acompanhado a novela Carrossel do SBT(nova versão). Na tentativa de relembrar as emoções que tive quando a vi pela primeira vez, ainda criança. Mas, sobretudo, porque Dhara, acompanhada pelos primos, também despertou interesse. Parece se dar conta do tempo e solicita exatamente no mesmo horário, todos os dias, que coloquemos em "tarrussel."

O primeiro momento de emoção foi uma cena com Cirilo e Maria Joaquina. Ela, naturalmente, humilhava o meu personagem preferido... Lágrimas correram relembrando as sensações que tinha quando via cenas como esta em outra época: raiva de Maria Joaquina!!! Mas o que ampliou a minha emoção foi perceber em Dhara as expressões de quem está compreendendo a cena. Olhar triste... Compaixão por Cirilo. Será?


Hoje, 21 de junho de 2012, assistíamos a mais um episódio. Cirilo sonha com Maria Joaquina vampira... Dhara tem medo da cena e corre para o sofá. Me dando mais um prato cheio para a série: Diálogos. 

A dinda: não tenha medo, Dhara. Venha, venha!
Dhara: ai, eu tô com medo!
Dinda: é de mentirinha!
Dhara: eu não gosto de mentirinha!
rsrsrrss

A cena me fez pensar... é a primeira novela da minha filha. As primeiras reações de medo; a compreensão da cena; a rápida resposta... esta Dhara... 
Obrigada, Senhor por poder acompanhar tudo isso de perto. E como eu queria mais tempo! :)

Para ficar na memória... 

A abertura que eu via quando criança:

A abertura que Dhara vê agora:

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Dharolês!

A PONSEGUI  =  EU CONSEGUI
UGUAL =  IGUAL
POXA, MINHA VIDA! = OH, QUE FANTÁSTICO!
VOCÊ TEM A CERTEZA? = TEM CERTEZA QUE É ISSO QUE VOCÊ QUER?
EGAÇADO = ENGRAÇADO
TÁ DIMAIZI = TÁ DEMAIS
É MINHA MAINHA = QUERO ALGO ESPECIAL
ISTOLA = ESCOLA
PÓVIANA = PRÓ ADRIANA
BUXA = BRUXA
PICADELO = BRIGADEIRO
BOLA = EMBORA
AGOLA = AGORA
JATALÉ = JACARÉ
DIPULPA = DESCULPA
BABA UM = MAMÃE
PILÃO = PIRÃO
TELO = QUERO
TISTE = TRISTE
EU TÔ TISTE = EU ESTOU TRISTE (oração utilizada para fazer chantagem emocional a todo e qualquer coração amolecido.)

A emoção!

Há quase dez anos trabalho em educação. Há quase dez anos escolhi a minha profissão. E há quem diga que no dia que a gente escolhe a nossa profissão a gente não trabalha mais dia nenhum... Há quase dez anos vejo as crianças se divertirem com as festas juninas. Traques de massa, comidas típicas, forró, brindes, brincadeiras, fogueira, caipira... Uma festa que me faz voltar no tempo e recordar a minha infância... 

Minhas amigas e colegas de profissão sabem o quanto amo esta festa e o quanto eu me divirto, como as crianças, com tudo que ela, a festa, apresenta e representa.Mas hoje experimentei a emoção de mãe. Ver minha pequena curtindo a sua festa na escola. Agora mais consciente. Talvez a idade faça agora seu papel. Ela estava linda! Dançando, cantando, pulando de alegria. 

Sim, ela estava à vontade no espaço que é dela, no momento que é só dela.Sou privilegiada por acompanhar de perto cada momento da sua vida escolar, sou privilegiada por "sacar" onde derramam as suas emoções.Hoje, pela manhã, foi quase que um ritual: tomamos banhos juntas, nos arrumamos - sim, eu também estava de caipira - nos maquiamos, juntamos as bombinha e fomos ao forró!


Já na escola, Dhara não queria muita conversa  comigo e respeitei o seu momento. Após encontrar Israel, Marina e Mateus a mamãe perdeu o espaço...


Sim, amigas mães... acontece com todo mundo. Triste por isso? Não! Mais uma prova de que minha pequena está bem, confiante, feliz.

Saí de cena! E de lá, escondidinha na pilastra, para não invadir o seu momento, apreciei, me emocionei, sorri à toa, quase babei... que felicidade!!! Uma emoção sem igual!



Beijo, W.