terça-feira, 6 de abril de 2010

Recordando o dia da vida!

Salvador, 23 de agosto de 2009




Dois de agosto de dois mil e nove! O dia do teu nascimento! Minha leonina!

Exatamente as duas da matina a bolsa rompeu. Corri para o vaso e percebi que meu xixi estava estranho. Voltei para o quarto e cinco minutos depois outro sinal: mais líquido escorria por entre minhas pernas. Avisei à minha mãe, que logo ficou agitada. Sentei-me na cama, cortei e fiz as unhas, tomei um copo de iogurte e adormeci. Aguardava tranquilamente sua chegada.

Amanheceu e eu lá, ainda tranquila, liguei para a minha médica e ela me orientou procurar a emergência do Hospital Santo Amaro. Dra Marina Braga não acreditava que Dhara nasceria neste dia e ainda brincou comigo: “você vai parir hoje e está assim com esta voz global?”

No hospital, fui examinada e a plantonista constatou que já estava na hora, mas uma notícia: Eu não tinha dilatação suficiente para Dhara nascer de parto normal, teria mesmo que ser cesárea. Então vamos lá! Super feliz, entrei no carro e corri para casa para pegar os exames do pré-natal. Retoquei minha maquiagem, coloquei os óculos escuros e saí sorridente anunciando aos vizinhos que estava na hora!

E foi neste clima de alegria e tranquilidade que Dhara nasceu. Entrei no Aliança, fiz a ficha, fui para o quarto, a enfermeira realizou todos os procedimentos. Entrei na sala de cirurgia andando e sorrindo. Enquanto tomava a anestesia, sorria e brincava com Dra Marina.

E Dhara nasce: 02 de agosto de 2009, às 10:38h. Uma linda e ensolarada manhã de domingo.



O sentimento, neste momento, é indescritível!

Tu eras também uma pequena folha

que tremia no meu peito.

O vento da vida pôs-te ali.

A princípio não te vi, não soube

que ias comigo,

Até que as tuas raízes

atravessaram o meu peito,

se uniram aos fios do meu sangue,

falaram pela minha boca,

floresceram comigo.

Pablo Neruda
Foto: Léo Azevedo.

domingo, 4 de abril de 2010

Tic - Tac



Um tic-tac chantagista enlouquece os ouvidos,
Como um vício busco o telefone,
Estás a esperar?
Uma hora a mais enche de tédio meu nublado domingo,
Ao fundo uma música qualquer,
Mãos inquietas teclam palavras absurdas sem destino exato,
Nos olhos ainda rolam gotas de esperança,
No desejo de uma palavra amena ou uma surpresa,
Onde estará você agora?
Ainda ouço o tic-tac...
Ainda ouço o tic-tac...
Mais forte que antes,
Mais chantagista que nunca!
Wendy Silva

domingo, 28 de março de 2010

Começando...

Para que vistes
na minha janela,
meter o nariz?
Se foi por um verso
não sou mais poeta,
ando tão feliz!
Se é para uma prosa,
não sou Anchieta
nem venho de Assis.

Deixa-te de histórias
Some-te Aqui!"
             Vínicius de Moares

Me rendi à sedução do Blog, agora estou aqui!